Estávamos, minhas família toda e eu indo para Brasilia DF, paramos em um posto chamado Nova Itália para abastecer e passear com nosso cachorro porque ele não estava muito a vontade com a viajem. 

Todos sempre o admiram por todos os lugares, ele é um Lhasa Apso muito bonito, peludo. Bem cuidado no geral. 

Seguimos viajem, tudo muito tranquilo, o remédio para ele dormir estava fazendo efeito. Bom, 15klm após o posto, meu pai (o motorista) foi realizar uma ultrapassagem, havia um carro vindo, muito atrás de nós. No momento da ultrapassagem o carro também resolveu ultrapassar, porém estávamos em baixa velocidade, e o carro deles em alta. Mas tão rápido que bateram no fundo do nosso carro nos fazendo capotar algumas vezes para fora da pista.

Paramos de cabeça para baixo, assim que verificamos que "todos" estavam bem, a minha irmã gritou "cadê o Petisco (nome do cachorro) não o achamos, nesse exato momento saímos do carro e começamos a procura-lo. Procurei por toda parte, o acidente ocorreu as 14:00hrs, as 17:00hrs minha mãe e irmã acharam uma carona para Brasilia e se foram, eram as que mais se machucaram no acidente.

Escureceu rapidamente, e não o encontramos, nosso carro deu perda total, estávamos esperando uma carona para irmos para Brasilia. 

Iniciamos uma campanha a procura dele, fiz inúmeros telefonemas, mandei milhares de mensagens, entrei em muitos grupos. Várias pessoas divulgaram, aqui já deixo meu agradecimento e reconhecimento. Muito obrigado!

Tentamos, e tentamos. Por um momento procurar me completava 10% daquela dor da falta. E foram noites em claro, e até hoje posso afirmar.

Nunca antes havíamos tido um cachorro, minha mãe entrou em um quadro grave de depressão, onde nesse tempo ela não saia da cama, foi muito difícil. Por sugestão da psicologa e por vontade porque todos tínhamos muita vontade de ter, só não havíamos tido um ainda por dúvidas.

Bom, o Petisco foi o amuleto da CURA, mesmo. Minha mãe se apegou muito a ele, passeava com ele todos os dias, adorava arruma-lo para sair, cuidava dele tão bem como um FILHO.

Não consigo abandonar a sensação de que não estou fazendo NADA, de que abandonamos ele, de que fomos péssimos donos. Sei que não é bem assim, mas não consigo evitar de me pegar entre esses pensamentos.